terça-feira, maio 23, 2006

Uma Foto Minha -Céu de Boa Vista-RR


Essa eu tirei em Boa Vista - Roraima, uns três meses atrás, por incrível que pareça estava de dia. Ficou bonita, então resolvi compartilhar com os amigos. Acho que a partir de hoje passarei a colocar algumas fotos minhas nesse espaço.

domingo, maio 14, 2006

Brasil entra na rota do contrabando de Urânio I

Brasil entra na rota do contrabando nuclear. Investigação secreta da Polícia Federal desvenda quadrilha que extrai e envia material radioativo para fora do País.
Em julho de 2004, a Polícia Federal apreendeu no interior do Amapá, na caçamba de uma caminhonete, 18 sacas de um mineral granulado escuro muito mais pesado do que aparentava ser. O material, examinado depois nos laboratórios da Comissão Nacional de Energia Nuclear , era um composto de urânio e tório, minérios altamente radioativos que abundam em jazidas encravadas no extremo norte brasileiro. Estava ali o fio da meada para a descoberta de uma das mais obscuras máfias em atuação no País, com braços internacionais e especializada na extração clandestina e na comercialização ilegal de urânio.

Brasil entra na rota do contrabando de Urânio II

No rastreamento da teia de relações mantidas pelos traficantes, a polícia chegou ao nome de Haytham Abdul Rahman Khalaf, libanês apontado como o elo com o grupo extremista islâmico Hamas. Na ponta brasileira da trama, até agora a Polícia Federal já identificou três grupos especializados no tráfico de urânio. Todos com base em Macapá. O principal deles tem como testa-de-ferro o empresário João Luís Pulgatti, dono de um pool de empresas de mineração que consegue autorização oficial para pesquisar jazidas de ouro, mas que, na prática, explora e negocia minério radioativo. Por trás de Pulgatti está John Young, 58 anos, irlandês naturalizado canadense que diz representar no Brasil os interesses de uma companhia internacional de mineração. A partir de 2004, Young passou a ser sócio das empresas de Pulgatti. De olho nas jazidas e com dólares para investir, a parceria do estrangeiro com o brasileiro avançou. Em agosto do ano passado, o canadense destacou um geólogo para visitar minas no Amapá. Queria comprar uma área de mil hectares que, segundo as conversas grampeadas pela polícia, guarda nada menos que 50 mil toneladas de minério radioativo. Provavelmente de tório e urânio. “Pode mandar o seu pessoal lá checar, trazer amostras e analisar”, diz o dono da área a Pulgatti, encarregado de cuidar das negociações. Pelas terras, o grupo pagaria US$ 1,2 milhão. As escutas revelam que, fora os planos para ampliar a exploração direta de urânio, a dupla tem toda uma estrutura para comprar minério radioativo. Espalha garimpeiros em lugares estratégicos e tem preferência na compra do que for encontrado. Segundo a polícia, outro grupo especializado na aquisição de urânio é encabeçado por Robson André de Abreu, dono de madeireiras, de uma mineradora e de um conhecido restaurante de Macapá. A exemplo de Pulgatti, ele possui uma rede de fornecedores de urânio. O terceiro “grupo criminoso”, como escrevem os agentes nos relatórios secretos é chefiado por um homem até agora identificado apenas como Nogueira. Ao longo da investigação, os policiais descobriram que o negócio é infinitamente maior que aqueles 600 quilos apreendidos há quase dois anos. Nas escutas, surgem negociações de até dez toneladas.

Brasil entra na rota do contrabando de Urânio III

A máfia do urânio também tem braços no poder público. Os grampos da Polícia Federal registraram conversas em que o geólogo José Guimarães Cavalcante, braço direito de João Pulgatti, revela o auxílio de um senador da República para desencravar no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em Brasília, um processo em que se buscava autorização para pesquisa de minério. O senador em questão é Papaléo Paes, do PSDB do Amapá, que aparece em diversas gravações da Polícia Federal.
O interessante nesse emaranhado de interesses é pensar que o Brasil através da corrupção e da incompetência das autoridades em cuidar dos seus recursos naturais pode estar contribuindo para a proliferação de armas nucleares e para o armamento de grupos terroristas. Essa é uma denúncia séria que merece ser investigada pelas autoridades internacionais e não apenas nacionais.
Aos interessados em maiores detalhes segue end. da reportagem
http://www.terra.com.br/istoe/

sábado, maio 13, 2006

...E 5 DICAS PARA VIVER DEVAGAR

• Diariamente, separe tempo para desligar toda a tecnologia que nos cerca - internet, celulares, televisão. Aproveite para sentar sozinho com seus pensamentos
• Observe sua velocidade durante o dia. Por força do hábito fazemos algumas coisas mais rápido do que precisamos • Deixe buracos na agenda e não preencha todos os momentos do dia com atividades. Resista à tentação de fazer mais e mais e tente fazer menos
• Encontre um hobby que desacelere sua rotina, como pintar, caminhar ou fazer iôga

5 ERROS DA VIDA ACELERADA...

• Prejudicar as relações com a família, namorados e amigos por estar muito apressado ou distraído para se envolver profundamente com outras pessoas
• Engordar ao comer (rápido) alimentos processados e altamente calóricos
• Ter idéias pouco criativas por dar à mente poucas chances de funcionar num modo mais suave, característico de quando relaxamos
• Correr demais com as tarefas profissionais até cometer erros

sexta-feira, maio 12, 2006

As várias mortes de um jogador de futebol



Em tempos de Copa do Mundo, segue a sugestão de um Livro muito interessante.

Um jogador de futebol morre duas vezes; a primeira, quando pára de jogar. A frase célebre do ex-craque Falcão, que vestiu as camisas do Internacional, da Roma e da seleção brasileira, está citada em Nunca houve um homem como Heleno, do jornalista Marcos Eduardo Neves, mas não cabe na história do biografado. Na verdade, Heleno de Freitas morreu muitas vezes. Um pouco por dia, ao longo dos 12 anos em que atuou nos gramados. Todos os dias, depois que parou de jogar.
A biografia de Heleno é um festival de ironias do destino. No decorrer de 328 páginas, o personagem se transforma. De craque talentoso, passa a jogador problema. De homem inteligente, bonito e bem nascido, acaba em frangalhos - física e psicologicamente. Amado pelo Botafogo, seu clube de coração, jogou várias temporadas pelo alvinegro da estrela solitária, mas conseguiu seu único título do campeonato carioca pelo arqui-rival Vasco da Gama.
Em meio às contradições do caminho, a narrativa se deixa levar facilmente. E isso se deve, em grande parte, ao trabalho de apuração do autor - extenso, pertinaz e profundo. Exceto pela infância do personagem, tratada de modo ligeiro, a obra é rica em detalhes não só da vida do craque, mas também sobre o desenrolar dos principais fatos do Brasil e do mundo. Em alguns pontos, o panorama de época com que o autor procura pontuar a trajetória de Heleno ganha tanto vulto que joga o assunto central para escanteio.
O próprio título é uma referência de época. Menciona a propaganda do filme Gilda, protagonizado por Rita Hayworth. Foi o apelido nada carinhoso que Heleno recebeu da torcida adversária - e até de alguns amigos -, quando o filme estreou no país. Era uma forma de dizer - sem que ele jamais entendesse - o quanto era genioso.
Inteligente, Heleno de Freitas guardava atributos suficientes, dentro e fora das quatro linhas, para chamar atenção da mídia e do público na época do "futebol romântico". Foi, aliás, graças a tanto "romantismo" que o craque pôde seguir carreira. Suas partidas eram quase sempre memoráveis. Para o bem e para o mal. Heleno tinha tudo para escapar da marcação dura de todos os chavões do futebol brasileiro. Ao contrário de tantos exemplos, nasceu em família abastada, estudou, formou-se em direito. Expressava-se com fluência e em geral com a mesma elegância que desfilava nos gramados. Na concentração, deixava a sinuca e o baralho dos companheiros de time de lado para jogar xadrez com os dirigentes. Vestia-se com tal esmero que, muitas vezes, a "cartolagem" sentia-se estranhamente diminuída.
Com tantos predicados, fazia questão de jogar para a torcida. Para a torcida feminina. Seu charme arrebatou inúmeros corações da alta sociedade carioca. De atrizes a vedetes de teatro - e, fala-se sem muita convicção, até da ex-primeira dama argentina Evita Perón. Nos jogos de alcova, conquistou uma galeria inteira de troféus em uma época em que a liberdade sexual era atributo de poucos. Ou, mais especificamente, de poucas.
Texto retirado da Revista - entre livros - disponível na Internet - http://revistaentrelivros.uol.com.br/Edicoes/13/Artigo17034-1.asp