quinta-feira, dezembro 14, 2006

Obrigado por Fumar

Obrigado por Fumar (Thank You for Smoking) é uma das melhores comédias do ano. O filme de Jason Reitman mostra a vida de Nick Naylor, lobista da indústria do cigarro, cujo trabalho é mostrar que esta não é tão ruim assim.
O filme não defende o tabagismo, e os magnatas do fumacê são mostrados de forma bem sarcástica. Mas vemos a hipocrisia dos críticos do cigarro, e um panorama do complexo jogo de pressões e convencimento da sociedade norte-americana.
O assunto principal, aliás, não é "cigarro", e sim "convencer o público". Pra isso vale tudo, e Naylor usa um arsenal de truques retóricos junto a redes de TV, comissões do Congresso e até entre usuários comuns. Ele é o funcionário modelo, que veste a camisa de sua empresa e tenta convencer a fumar jovens incautos em vôos da classe econômica.
Algumas das cenas mais interessantes são quando ele tenta justificar seu profissão para seu filho pré-adolescente, Joey. A cena abaixo não é particularmente engraçada, mas é muito relevadora: Joey aprende como vencer uma discussão sem ter razão.
O garoto participa do clube de debates no colégio, uma tradição norte-americana, onde os alunos se destacam por seu brilho argumentativo, independentemente da tese que escolham para defender. Gerações inteiras cuidadosamente adestradas para distorcer e desvalorizar os argumentos contrários.

Mas não é porque os gringos levaram a falácia a um nível quase científico que isso é exclusividade deles. Falácias são uma prática universal, tão disseminada que a maioria das pessoas as usa sem perceber. E a quantidade de truques retóricos disponíveis é enorme: um texto do professor Fredric Litto cataloga 45 deles -- e ainda ficou faltando coisa.
Arthur Schopenhauer é um pouco mais modesto: seu opúsculo sobre a dialética erística (que na edição da Martins Fontes ganhou o nome de A arte de ter razão) analisa "apenas" 38 técnicas, mas de forma mais aprofundada.
Aliás, fujam da edição que a Topbooks fez do mesmo livro, chamada "Como vencer um debate sem precisar ter razão" e recheada de notinhas pentelhas do astrólogo Olavo de Carvalho -- que não só tenta sequestrar o texto original, como se mostra um dedicado praticante daquilo que diz combater.
Artigo retirado do excelente blogger de Marcus Pessoa - Velho do Farol -http://marcuspessoa.blogspot.com.

terça-feira, novembro 28, 2006

Planeta Favela - Mike Davis

Segue abaixo algumas informações retiradas do sítio da editora Boitempo sobre o livro de Mike Davis - Planeta Favela, uma excelente leitura pra todos que se interessam pelo ambiente urbano.
Se a imagem da metrópole no século XX era a dos arranha-céus e das oportunidades de emprego, Planeta Favela leva o leitor para uma viagem ao redor do mundo pelos realidade dos cenários de pobreza onde vive a maioria dos habitantes das megacidades do século XXI.
O urbanista norte-americano Mike Davis investiga as origens do crescimento vertiginoso da população em moradias precárias a partir dos anos 80 na América Latina, na África, na Ásia e no antigo bloco soviético. Combinando erudição acadêmica e conhecimento in loco das áreas pobres das grandes cidades, Davis traz a história da expansão das metrópoles do Terceiro Mundo, analisando os paralelos entre as políticas econômicas e urbanas defendidas pelo FMI e pelo Banco Mundial e suas conseqüências desastrosas nas gecekondus de Istambul (Turquia), nas desakotas de Accra (Gana) ou nos barrios de Caracas (Venezuela), alguns dos nomes locais para as aproximadamente 200 mil favelas existentes no planeta.
Cada aspecto dessa “nova cidade" é analisado: informalidade, desemprego, criminalidade; o gangsterismo dos senhorios que lucram com a miséria; a incapacidade do Estado de oferecer infra-estrutura e casas populares, e em contrapartida sua atuação nas remoções de “revitalização” que abrem caminho para a especulação imobiliária; as soluções ilusórias de ONGs e organismos multilaterais; os limites das estratégias de titulação de propriedade, os riscos ambientais e sanitários de se viver em favelas, com exposição a resíduos tóxicos e carência de saneamento básico; o crescimento do fanatismo religioso; e a disseminação de doenças como cólera e AIDS.
Além das estatísticas, o autor revela as histórias trágicas que os dados frios não mostram, como as crianças abandonadas pelas famílias nas ruas de Kinshasa (Congo), por serem consideradas “feiticeiras”, ou a nuvem de gás letal expelida pela fábrica da Union Carbide na Índia, que causou a morte de aproximadamente 22 mil habitantes de barracos nos arredores da unidade da empresa, que não tinham informação sobre os riscos ou opção de morar em outro local.
O livro traça um retrato da nova geografia humana das metrópoles, onde algumas “ilhas de riqueza” florescem em torres de escritório ou condomínios fortificados que imitam os bairros do subúrbio norte-americano, separados da crescente população favelada por muros e exércitos privados, mas conectados entre si por auto-estradas, aeroportos, redes de comunicação e pelo consumo das marcas globais. Como coloca o autor, citando, entre outros, Alphaville, enclaves constituídos como “parques temáticos” deslocados da sua realidade social mas integrados na globalização, onde se deixa de ser cidadão do seu próprio país para ser um “patriota da riqueza, nacionalista de um afluente e dourado lugar-nenhum”, como os classifica o urbanista Jeremy Seabrook, citado no livro.
Davis explora a natureza desse novo contexto do conflito de classes, entre os que vivem dentro dos muros como em uma “cidade medieval”, e a “humanidade excedente”, que vive fora dela. Um “proletariado informal”, ainda não compreendido pelo marxismo clássico e tampouco pelo neoliberalismo.
A materialização extrema desse conflito está no último capítulo do livro, que trata das análises do Pentágono sobre a guerra do “futuro” nas megafavelas do Terceiro Mundo, e o presente do exército norte-americano tentando monitorar as vielas de Sadr City, a maior favela de Bagdá. Se a globalização da riqueza é constantemente celebrada pelos seus entusiastas, em Planeta Favela Mike Davis mostra o outro - e imenso - lado da história: as sincronias e semelhanças nada acidentais no crescimento da pobreza no mundo.
A edição brasileira traz ainda um posfácio da urbanista Erminia Maricato que dialoga com a obra de Davis e um caderno de fotografias de favelas brasileiras de André Cypriano.

Sobre o autor: Mike Davis é professor no departamento de História da Universidade da Califórnia (UCI), em Irvine, e um especialista nas relações entre urbanismo e meio ambiente. Ex-caminhoneiro, ex-açogueiro e ex-militante estudantil, Davis é colaborador das revistas New Left Review e The Nation, e autor de vários livros, entre eles Ecologia do Medo, Holocaustos coloniais, O monstro bate a nossa porta (editora Record), e Cidade de quartzo: escavando o futuro em Los Angeles, que será reeditado pela Boitempo em 2007.

terça-feira, novembro 21, 2006

Ócio Contemplativo

Hoje acordei com pensamentos preguiçosos, o que, todos concordam, limita a capacidade de escrever alguma coisa. Por isso resolvi praticar o ócio, mas como diria Paul Lafarque, no clássico "Droit à la Paresse" (o direito a preguiça), um antecessor do nosso querido Domenico de Masi, um ócio criativo. No meu caso especifico espero desenvolver hoje um Ócio Contemplativo, ou seja, espero apenas desenvolver a capacidade de contemplar o mundo, de praticar de modo concreto a liberdade de pensamentos, de observar as pessoas, o ir e vir e, quem sabe, construir pensamentos criativos. Hoje não viverei o tempo acelerado do urbano, mas um tempo lento, longo e duradouro. A todos os amigos e interessados o convite está lançado. Viva o Ócio Contemplativo.
Como forma de estimular os pensamentos, segue duas imagens de Tepequem, um região localizada nas proximidades de Boa Vista-RR/Brasil.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Quantas pessoas já existiram na Terra?

Quantas já pensou nessa pergunta levanta a mão? A resposta correta é algo em torno de 106 bilhões de pessoas, uma soma vultuosa e significativa. Mas alguma pergunta ou questionamento?
Como ninguém se apresentou para outro questionamento incrível irei complementar a afirmação:
Hoje cerca de 6 bilhões de pessoas habitam a Terra. Ou seja, pouco mais de 5% do número de seres humanos que nasceram ainda permanecem vivos. Oito mil anos antes de Cristo a população do planeta era de 5 milhões de pessoas e os nascimentos para cada mil pessoas ficava na faixa de 80. Desde aquela época os nascimentos por mil vem caindo, hoje para cada mil pessoas na Terra nascem 23. Porém, a expectativa de vida vem galgando patamares cada vez maiores, aumentando o número de pessoas vivas e de idosos.

domingo, novembro 12, 2006

Jared Diamond

Um dos mais relevantes escritores da atualidade é Jared Diamond, um geógrafo norte-americano, que ao longo de sua obra tem surpreendido com suas análises sobre a presença humana na história do planeta e seus respectivos desdobramentos. Assim, segue abaixo um trecho de um de seus livros para apreciação, para os interessados recomendo a leitura integral.
"(...) da próxima vez que você visitar um zoológico, passe cautelosamente pela jaula dos macacos. imagine que aqueles macacos perderam todos os pelos e imagine que numa jaula ao lado estivessem pessoas sem roupas que não pudessem falar mas que, fora isto, fossem normais. então tente adivinhar quanto aqueles macacos são parecidos conosco geneticamente. você sugeriria que um chimpanzé divide 10%, 50% ou 99% de seu programa genético com humanos?(...)Então se pergunte porque aqueles macacos estão na jaula e por que outros macacos estão sendo usados para experimentos médicos quando não é permitido fazer o mesmo com humanos. digamos que descobríssemos que os chimpanzés são 99,9% iguais a nós geneticamente e que as importantes diferenças entre humanos e chimpanzés são ditadas por uns poucos genes. você ainda pensaria que é correto colocar chimpanzés em jaulas e experimentar com eles? considere então aquelas pessoas com deficiências mentais que têm menor capacidade de resolver problemas do que chimpanzés; que têm menor capacidade de cuidarem de si mesmas, de comunicarem-se, de se relacionarem socialmente do que chimpanzés. qual a lógica que proíbe experimentos médicos com estas pessoas mas não os proíbe com chimpanzés?"
Este trecho foi retirado do Livro – The Third Chipanzee (O Terceiro Chipanzé), obra de Jared Diamond, sobre a evolução do homem. Outr grande livro desse autor é o mais recente, Colapso de 2005.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Haditha

Nem a história da guerra do Iraque, nem a imagem que o mundo tem dos EUA (e eles, de si próprios) serão as mesmas, depois de Haditha. Na manhã de 19 de novembro de 2005, praticou-se um massacre, nesta pequena cidade cercada de palmeiras e debruçada às margens do Rio Eufrates. Depois de sofrerem uma baixa, causada por explosão de uma bomba, os soldados da Companhia Kilo, do US Marine Corps decidiram vingar-se contra a população civil.

Vinte e quatro pessoas foram assassinadas a sangue-frio. Nenhuma delas esboçou qualquer gesto que pudesse representar ameaça aos marines. Entre as vítimas estão sete mulheres, três crianças, um bebê de um ano e um ancião cego e aleijado, em sua cadeira de rodas. A vingança prolongou-se por cinco horas, o que exclui a hipótese (igualmente brutal) de um acesso de cólera, provocado pela morte do colega de armas.

Ao invés de punirem a selvageria, os oficiais que comandavam os soldados a acobertaram. Dois relatórios militares criaram versões fantasiosas para os fatos. O primeiro, de autoria dos próprios autores do massacre, atribui as 24 mortes à explosão que matou o soldado (supostas 16 vítimas) e a fictícia “troca de tiros” com “insurgentes” (outras 8). O segundo é mais grave e perturbador. Foi produzido em fevereiro, após surgirem sinais de que os fatos haviam vazado. Um coronel de infantaria deslocou-se a Haditha e fez, durante uma semana, dezenas de entrevistas – inclusive com testemunhas oculares dos crimes. Embora desconstrua a primeira mentira, seu relatório esconde o essencial – os assassinatos. Trata as mortes como... “danos colaterais” da guerra. Ao invés de esclarecer, o documento lança uma terrível pergunta: quantos episódios semelhantes terão sido abafados, no Iraque, ao serem classificados com tal rótulo, cada vez mais freqüente no jargão das guerras “modernas”?

Este é apenas um trecho de uma reportagem publicada pelo Jornal Francês Le Monde Diplomatique. Entretanto, serve de exemplo e ilustração das brutalidades produzidas por esta e tantas outras guerras. Devemos, a partir desses depoimentos e relatos parar para refletir sobre o nosso papel frente a tudo isso. Mesmo distantes devemos denunciar essas brutalidades nos solidarizando com o povo iraquiano.

Texto na integra em -http://diplo.uol.com.br

terça-feira, outubro 17, 2006

A Vida em Risco...

A presença humana e modelo consumista de nossa sociedade têm provocado danos ambientais sem precedentes na história de nosso planeta e, sem dúvida, tem gerado grandes problemas sociais, pois quem mais sofre com as catástrofes naturais são as camadas menos favorecidas da sociedade mundial, que não desfrutam de meios para evitar os efeitos gerados pelos problemas ambientais.

10 ameaças para a Vida Humana...
- Contaminação e artificialização dos alimentos;
- Redução da Biodiversidade;
- Poluição Atmosférica;
- Poluição das águas e redução dos reservatórios de água potável;
- Proliferação de Epidemias e Doenças Mundializadas;
- Desmatamento e Desertificação;
- Produção Excessiva de Lixo e Esgoto;
- Estresse Prolongado e Excessivo;
- Vida Acelerada;
- Violência e Desigualdades Sociais

... 15 dicas para cuidar do planeta

- economize água;
- prefira produtos biodegradáveis;
- procure alimentos orgânicos;
- consuma menos carne;
- não crie animais silvestres;
- cultive áreas verdes;
- diminua o uso de embalagens;
- leia os rótulos com atenção;
- evite produtos descartáveis;
- economize energia;
- recicle lixo;
- tenha cuidado com resíduos perigosos;
- evite o transporte individual;
- compre carros eficientes;
- exerça seus direitos de cidadão.

Faça alguma coisa – Pense Globalmente, mas aja Localmente!!!

terça-feira, outubro 10, 2006

Saber Mimético

Atualmente, os jovens chegam ao ensino superior cada vez mais imaturos. A estrutura educacional básica tem adestrado nossos alunos. Fato que os levam a não pensar de forma independente, mas apenas de modo mimético. Os bons alunos do secundário estudam para o teste, fazem os trabalhos de casa, as provas, mas apenas sobre conhecimentos previamente enumerados e determinados por professores. O problema é que, ao chegar nas universidades e/ou na vida profissional, os mesmos estudantes que brilhantemente passaram pelo ensino médio, não sabem decidir o que estudar? Como estudar? Onde buscar soluções? Continuam a acreditar que conseguiram encontrar soluções de modo facilitado por professores e/ou livros 'didáticos', não desenvolvem um pensamento crítico e independente.

Por isso, todos nós, professores que militamos nos ensinos fundamental e médio, devemos construir as bases da independência do alunado e lutar pela formulação de uma nova estrutura educacional, que leve realmente a promoção da independência cultural e intelectual. Só assim, não de outra forma, conseguiremos repensar a educação em bases reais e que sirvam para a promoção da cidadania.

domingo, agosto 13, 2006

Efeito estufa de 55 milhões de anos atrás derreteu o Ártico

Uma nova análise de sedimentos do fundo do mar, nas proximidades do Pólo Norte, revela que o Ártico era extremamente quente, úmido e não tinha gelo, na última vez em que quantidades enormes de gases do efeito estufa foram liberadas na atmosfera terrestre - um período pré-histórico, 55 milhões de anos atrás. Os achados aparecem na edição de 10 de agosto da revista Nature.
Evidências atuais e modelos de computador indicam que o Ártico contemporâneo está se aquecendo rapidamente, ganhando chuvas e perdendo gelo, por conta das emissões de gás carbônico. Cientistas vinham buscando desvendar os mistérios da região quando isso aconteceu pela última vez - um intervalo conhecido como máxima termal Peleoceno/Eoceno, ou PETM. Pesquisadores sabem há tempos que uma liberação massiva gases do efeito estufa, provavelmente gás carbônico ou metano, ocorreu durante a PETM.
Análises de sedimentos do fundo do mar e de rochas de todo o mundo forneceram várias pistas sobre a PETM, mas o Ártico continuava uma incógnita, até que, em 2004, uma expedição recolheu os primeiros sedimentos profundos de debaixo do gelo próximo ao pólo.
"Construir uma imagem de eventos climáticos antigos é como montar um quebra-cabeças", diz Gerald Dickens, um dos autores do estudo que analisou as amostras. Ele acrescenta que os resultados mostram que "o Ártico ficou muito quente durante a PETM. Mesmo plantas tropicais prosperaram" nas condições que surgiram com o aquecimento.
Além disso, a composição química das amostras pode permitir descartar algumas teorias antigas sobre a causa da PETM. Os resultados atuais sugerem que uma quantidade enorme de carbono entrou na atmosfera no início da máxima termal, ou por meio de erupções vulcânicas, ou pelo derretimento dos hidratos - mistura de metano e gelo - no fundo do mar. (09/08/2006 -Estadão Online)

sexta-feira, julho 21, 2006

Copos descartáveis liberam substância nociva quando aquecidos

Os copinhos descartáveis de plásticos, tão utilizados para aquele cafezinho ou chá após o almoço e durante o expediente escondem um grande mal: aquecido, o plástico libera uma substância química semelhante ao hormônio feminino estrogênio: o xenoestrogênio.
A substância ocupa os receptores deste hormônio aumentando as chances das mulheres de terem câncer de mama e/ou útero. E não é só perigoso para as mulheres. Homens tornan-se predispostos ao câncer de próstata, infertilidade e diminuíção de espermatozóides.
De nada adianta seu "chazinho" ter propriedades fitoterapêuticas; quando o xenoestrogênio entra no organismo junto com a bebida, tchau função benéfica! E grave bem: TODOS os derivados de petróleo liberam esta substância quando aquecidos: potes plásticos (que vão ao microondas), colheres de plástico, etc... O ideal é usar potes e xícaras de vidro. Até os lugares recém reformados com carpetes e pisos colados liberam o xenoestrogênio.
Nos envenenamos aos poucos sem saber; mas temos o direito e o poder de mudarmos nossos hábitos e informarmos (ao menos às pessoas próximas) do grande mal que provocamos a nós mesmos. E lembre-se: o vidro pode ser reaproveitado de várias maneiras, lavou saiu o cheiro; é só vantagem sobre qualquer produto "dito descartável", seja papel, alumínio ou plástico. Preservando a natureza acabamos por preservar nossas próprias vidas.
Fonte: matéria do Jornal O Dia 25/04/2001 por Daniella Daher

segunda-feira, julho 17, 2006

A versão de Judas, com um atraso de 1.700 anos

O Evangelho de Judas, texto encontrado no Egito no final da década de 1970 e cuja autenticidade foi verificada em abril, dá nova visão sobre o relacionamento entre Jesus e Judas. O evangelho, de 1.700 anos atrás, oferece mais subsídios aos acontecimentos que levaram à crucificação de Jesus.Essa versão foi desprezada pelo primeiro imperador cristão, Constantino, que, em 325, no Concílio de Nicéia, admitiu como relatos verdadeiros da vida de Jesus somente os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.Ao contrário dos evangelhos canônicos, que mostram Jesus como traidor, o manuscrito no idioma copta, dos egípcios cristãos, afirma que Judas agiu a pedido de Jesus ao denunciá-lo. "Podemos considerar um milagre que um texto antigo sobre um tema tão polêmico tenha sido trazido à luz", disse Rodolphe Kasser, um dos coordenadores da equipe que recuperou e traduziu o evangelho. Especialistas analisaram o estilo lingüístico, a escrita antiga a estrutura do texto e compararam-no com outros textos gnósticos do período e certificaram-se do tempo em que foi criado. Sabe-se que o texto original é anterior ao ano de 180, já que um texto do bispo Irineu de Lyon (130-202) já mencionava a existência desse manuscrito. Com o apoio da Fundação Maecenas para Arte Antiga, do Instituto Waitt para o Descobrimento Histórico e da National Geographic Society foi possível, em cinco anos de trabalho, recuperar 95% dos papiros que estavam seriamente danificados. Um programa de computador e diversos especialistas reconstituíram fragmento por fragmento. "Logo que começamos vimos que a decisão de recuperá-lo havia sido a mais acertada", afirmou Kasser. Recentemente foi colocado na internet um material completo sobre o projeto em que constam a transcrição integral do texto em copta, sua tradução para o inglês e as imagens do trabalho de restauro e do manuscrito.
Texto retirado da revista História Viva - http://www2.uol.com.br/historiaviva/

terça-feira, maio 23, 2006

Uma Foto Minha -Céu de Boa Vista-RR


Essa eu tirei em Boa Vista - Roraima, uns três meses atrás, por incrível que pareça estava de dia. Ficou bonita, então resolvi compartilhar com os amigos. Acho que a partir de hoje passarei a colocar algumas fotos minhas nesse espaço.

domingo, maio 14, 2006

Brasil entra na rota do contrabando de Urânio I

Brasil entra na rota do contrabando nuclear. Investigação secreta da Polícia Federal desvenda quadrilha que extrai e envia material radioativo para fora do País.
Em julho de 2004, a Polícia Federal apreendeu no interior do Amapá, na caçamba de uma caminhonete, 18 sacas de um mineral granulado escuro muito mais pesado do que aparentava ser. O material, examinado depois nos laboratórios da Comissão Nacional de Energia Nuclear , era um composto de urânio e tório, minérios altamente radioativos que abundam em jazidas encravadas no extremo norte brasileiro. Estava ali o fio da meada para a descoberta de uma das mais obscuras máfias em atuação no País, com braços internacionais e especializada na extração clandestina e na comercialização ilegal de urânio.

Brasil entra na rota do contrabando de Urânio II

No rastreamento da teia de relações mantidas pelos traficantes, a polícia chegou ao nome de Haytham Abdul Rahman Khalaf, libanês apontado como o elo com o grupo extremista islâmico Hamas. Na ponta brasileira da trama, até agora a Polícia Federal já identificou três grupos especializados no tráfico de urânio. Todos com base em Macapá. O principal deles tem como testa-de-ferro o empresário João Luís Pulgatti, dono de um pool de empresas de mineração que consegue autorização oficial para pesquisar jazidas de ouro, mas que, na prática, explora e negocia minério radioativo. Por trás de Pulgatti está John Young, 58 anos, irlandês naturalizado canadense que diz representar no Brasil os interesses de uma companhia internacional de mineração. A partir de 2004, Young passou a ser sócio das empresas de Pulgatti. De olho nas jazidas e com dólares para investir, a parceria do estrangeiro com o brasileiro avançou. Em agosto do ano passado, o canadense destacou um geólogo para visitar minas no Amapá. Queria comprar uma área de mil hectares que, segundo as conversas grampeadas pela polícia, guarda nada menos que 50 mil toneladas de minério radioativo. Provavelmente de tório e urânio. “Pode mandar o seu pessoal lá checar, trazer amostras e analisar”, diz o dono da área a Pulgatti, encarregado de cuidar das negociações. Pelas terras, o grupo pagaria US$ 1,2 milhão. As escutas revelam que, fora os planos para ampliar a exploração direta de urânio, a dupla tem toda uma estrutura para comprar minério radioativo. Espalha garimpeiros em lugares estratégicos e tem preferência na compra do que for encontrado. Segundo a polícia, outro grupo especializado na aquisição de urânio é encabeçado por Robson André de Abreu, dono de madeireiras, de uma mineradora e de um conhecido restaurante de Macapá. A exemplo de Pulgatti, ele possui uma rede de fornecedores de urânio. O terceiro “grupo criminoso”, como escrevem os agentes nos relatórios secretos é chefiado por um homem até agora identificado apenas como Nogueira. Ao longo da investigação, os policiais descobriram que o negócio é infinitamente maior que aqueles 600 quilos apreendidos há quase dois anos. Nas escutas, surgem negociações de até dez toneladas.

Brasil entra na rota do contrabando de Urânio III

A máfia do urânio também tem braços no poder público. Os grampos da Polícia Federal registraram conversas em que o geólogo José Guimarães Cavalcante, braço direito de João Pulgatti, revela o auxílio de um senador da República para desencravar no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em Brasília, um processo em que se buscava autorização para pesquisa de minério. O senador em questão é Papaléo Paes, do PSDB do Amapá, que aparece em diversas gravações da Polícia Federal.
O interessante nesse emaranhado de interesses é pensar que o Brasil através da corrupção e da incompetência das autoridades em cuidar dos seus recursos naturais pode estar contribuindo para a proliferação de armas nucleares e para o armamento de grupos terroristas. Essa é uma denúncia séria que merece ser investigada pelas autoridades internacionais e não apenas nacionais.
Aos interessados em maiores detalhes segue end. da reportagem
http://www.terra.com.br/istoe/

sábado, maio 13, 2006

...E 5 DICAS PARA VIVER DEVAGAR

• Diariamente, separe tempo para desligar toda a tecnologia que nos cerca - internet, celulares, televisão. Aproveite para sentar sozinho com seus pensamentos
• Observe sua velocidade durante o dia. Por força do hábito fazemos algumas coisas mais rápido do que precisamos • Deixe buracos na agenda e não preencha todos os momentos do dia com atividades. Resista à tentação de fazer mais e mais e tente fazer menos
• Encontre um hobby que desacelere sua rotina, como pintar, caminhar ou fazer iôga

5 ERROS DA VIDA ACELERADA...

• Prejudicar as relações com a família, namorados e amigos por estar muito apressado ou distraído para se envolver profundamente com outras pessoas
• Engordar ao comer (rápido) alimentos processados e altamente calóricos
• Ter idéias pouco criativas por dar à mente poucas chances de funcionar num modo mais suave, característico de quando relaxamos
• Correr demais com as tarefas profissionais até cometer erros

sexta-feira, maio 12, 2006

As várias mortes de um jogador de futebol



Em tempos de Copa do Mundo, segue a sugestão de um Livro muito interessante.

Um jogador de futebol morre duas vezes; a primeira, quando pára de jogar. A frase célebre do ex-craque Falcão, que vestiu as camisas do Internacional, da Roma e da seleção brasileira, está citada em Nunca houve um homem como Heleno, do jornalista Marcos Eduardo Neves, mas não cabe na história do biografado. Na verdade, Heleno de Freitas morreu muitas vezes. Um pouco por dia, ao longo dos 12 anos em que atuou nos gramados. Todos os dias, depois que parou de jogar.
A biografia de Heleno é um festival de ironias do destino. No decorrer de 328 páginas, o personagem se transforma. De craque talentoso, passa a jogador problema. De homem inteligente, bonito e bem nascido, acaba em frangalhos - física e psicologicamente. Amado pelo Botafogo, seu clube de coração, jogou várias temporadas pelo alvinegro da estrela solitária, mas conseguiu seu único título do campeonato carioca pelo arqui-rival Vasco da Gama.
Em meio às contradições do caminho, a narrativa se deixa levar facilmente. E isso se deve, em grande parte, ao trabalho de apuração do autor - extenso, pertinaz e profundo. Exceto pela infância do personagem, tratada de modo ligeiro, a obra é rica em detalhes não só da vida do craque, mas também sobre o desenrolar dos principais fatos do Brasil e do mundo. Em alguns pontos, o panorama de época com que o autor procura pontuar a trajetória de Heleno ganha tanto vulto que joga o assunto central para escanteio.
O próprio título é uma referência de época. Menciona a propaganda do filme Gilda, protagonizado por Rita Hayworth. Foi o apelido nada carinhoso que Heleno recebeu da torcida adversária - e até de alguns amigos -, quando o filme estreou no país. Era uma forma de dizer - sem que ele jamais entendesse - o quanto era genioso.
Inteligente, Heleno de Freitas guardava atributos suficientes, dentro e fora das quatro linhas, para chamar atenção da mídia e do público na época do "futebol romântico". Foi, aliás, graças a tanto "romantismo" que o craque pôde seguir carreira. Suas partidas eram quase sempre memoráveis. Para o bem e para o mal. Heleno tinha tudo para escapar da marcação dura de todos os chavões do futebol brasileiro. Ao contrário de tantos exemplos, nasceu em família abastada, estudou, formou-se em direito. Expressava-se com fluência e em geral com a mesma elegância que desfilava nos gramados. Na concentração, deixava a sinuca e o baralho dos companheiros de time de lado para jogar xadrez com os dirigentes. Vestia-se com tal esmero que, muitas vezes, a "cartolagem" sentia-se estranhamente diminuída.
Com tantos predicados, fazia questão de jogar para a torcida. Para a torcida feminina. Seu charme arrebatou inúmeros corações da alta sociedade carioca. De atrizes a vedetes de teatro - e, fala-se sem muita convicção, até da ex-primeira dama argentina Evita Perón. Nos jogos de alcova, conquistou uma galeria inteira de troféus em uma época em que a liberdade sexual era atributo de poucos. Ou, mais especificamente, de poucas.
Texto retirado da Revista - entre livros - disponível na Internet - http://revistaentrelivros.uol.com.br/Edicoes/13/Artigo17034-1.asp

quinta-feira, março 30, 2006

Em tempos de maracutais, crises e cpi's a criatividade dos brasileiros faz a hora.
Publicado no excelente blogger de Ricardo Noblat

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Descoberto novo planeta similar à Terra

RIO - Astrônomos anunciaram nesta quarta-feira a descoberta do planeta mais parecido com a Terra de que se tem conhecimento fora do nosso sistema solar. A cerca de 20 mil anos-luz de distância, e com cinco vezes a massa da Terra, pode ser o menor planeta extra-solar já encontrado.
Publicada na revista "Nature", a descoberta foi feita por uma equipe de 73 astrônomos de 12 países, liderados pelo cientista Jean-Philippe Beaulieu, do Instituto Astrofísico de Paris.
Planetas de tamanhos similares já foram descobertos fora do sistema solar mas o método utilizado para detectá-los significava que só poderíamos ver planetas pequenos quando estavam bem próximos de seus sóis e, segundo os cientistas, esses corpos são destruídos pela extrema radiação. Mas, com a técnica 'microlensing gravitacional', usada para detectar o novo planeta, é possível encontrar outros mundos em lugares que outras técnicas não alcançam.
- Microlensing é a maneira mais rápida de se achar planetas pequenos e frios, próximos da massa da Terra - disse Keith Horne, um dos descobridores e astrônomo da Universidade de St.Andrews, na Grã-Bretanha.
O novo planeta, OGLE-2005-BLG-390Lb, tem uma atmosfera similar à da Terra, mas a temperatura de sua superfície pode chegar a 220ºC negativos. Localizado próximo do centro da Via Láctea, leva dez anos para dar a volta em torno de uma estrela vermelha, da qual fica a aproximadamente 390 milhões de quilômetros, distância comparável ao de mundos habitáveis. Se estivesse em nosso Sistema Solar, ficaria entre Marte e Júpiter.
- A busca por uma segunda Terra é a força condutora por trás de nossa pequisa - disse o membro da equipe Daniel Kubas, no Observatório Sul Europeu, em Santiago do Chile.
Segundo Kubas, todos estão otimistas de que o método inteligente usado para encontrar o novo planeta pode, em breve, descobrir um gêmeo alienígena do nosso próprio mundo.
Fonte: Globo Online, acessado dia 06.02.2006

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Aprovado o Aluguel de nossas florestas


Foi aprovada ontem no Senado, por 39 votos a 14, a Lei que permite o aluguel de florestas públicas. Considerada por ambientalistas o principal legado da gestão Luiz Inácio Lula da Silva para a Amazônia, a concessão de florestas públicas para a produção sustentável, prevista em projeto de lei, ainda não entrara em vigor, mas ocorreu um grande passo para a sua validação.
O Projeto de Lei de Gestão de Florestas Públicas prevê a concessão de até 13 milhões de hectares de terras nos primeiros dez anos para a exploração madeireira e outras atividades econômicas. O governo espera que o "aluguel" possa salvar o setor madeireiro, que só na Amazônia gera US$ 2,5 bilhões por ano, mas que chafurda numa crise de legalidade, e ao mesmo tempo ajude a manter de pé 10% da selva – o total de florestas a serem concedidas, que pode chegar a 50 milhões de hectares - gerando renda.
O objetivo real é reduzir a grilagem de terras, um dos mais graves problemas da Amazônia e um dos principais fatores de desmatamento, desenvolver a economia da região de maneira menos predatória e legalizar uma atividade econômica que atua na clandestinidade. Contudo, a aceitação de tal medida não é unanimidade, sendo contestada por diversos ambientalistas, entre eles o geógrafo Aziz Ab´Sáber, e empresários que sustentam a ideia de que o 'aluguel' permitirá que conglomerados internacionais explorem a região, o que para eles colocará em risco a sustentabilidade da região sem resolver os problemas sociais existentes, visto que a maior parte da população estará alijada da participação. Sem entrar do mérito da questão é imprescindível que alguma coisa seja feita para desenvolver economicamente a região amazônica, garantindo o sustento de muitas famílias, se essa é a melhor solução não sei, mas é necessário que alguma coisa seja feita urgentemente. No entanto, uma ressalva deve ser feita, pois confiar que o grande capital preserve a sustentabilidade da floresta e gere melhores condições de vida para a população local é a princípio uma temeridade.

terça-feira, janeiro 31, 2006

O Brasil não vê os pobres de São Paulo?

É visível a existência, no Brasil, de um certo ressentimento contra São Paulo. Os paulistas seriam, afinal, ricos e ainda teriam privilégios oficiais. Uma pesquisa que acaba de ser publicada mostra, porém, que se somarem todos os pobres das regiões metropolitanas de Recife, Salvador e Fortaleza ainda ficariam longe, muito longe, do número de pobres da região metropolitana de São Paulo, com seus 18 milhões de habitantes.De acordo com Sônia Rocha, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), há na região metropolitana de São Paulo 7,5 milhões de pobres; Recife tem 2,1 milhões; Salvador e Fortaleza, 1,6 milhão. Mesmo se somássemos aos nordestinos, todos os pobres da região metropolitana de Belo Horizonte e de Porto Alegre, São Paulo ainda continuaria na frente.O resumo frio da história: em nenhum lugar do Brasil (aliás, da América Latina), uma única região metropolitana tem tantos pobres. E imaginar que se conseguirá reduzir a pobreza sem enfrentar esse batalhão de deserdados é um tremendo equívoco de políticas públicas.A verdade é que, por preconceito e desinformação, o resto do Brasil não vê os pobres de São Paulo e se distorcem políticas de redução da miséria, como se o fosse essencialmente um problema do Nordeste. Aliás, uma boa parte, se não for a maioria, dos carentes do sudeste são nordestinos ou filhos de nordestinos.Está na hora de acabar com essas bobagens. A pobreza não é um problema dessa ou daquela região, mas de todo o país.
Texto de Gilberto Dimenstein - Publicado na Folha de São Paulo de 31/01/2006

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Pense na China

Sugestão para um dia em que você não tiver nada com o que se preocupar e estiver até convencido que o mundo pode melhorar, deve melhorar, tem que melhorar. Finja que é agora. Simule otimismo. Imite alguém acreditando no futuro com toda a força. Faça cara de quem não tem dúvidas de que tudo vai dar certo. Convença-se de que tudo vai dar certo. Pronto? Agora pense na China .
Desanimou, certo? É impossível pensar na China e continuar, mesmo em fingimento, despreocupado. Dentro de muito pouco tempo vai acontecer o seguinte: a China vai tornar o resto do mundo supérfluo. Não vai ser preciso existir mais ninguém, de tanto que vai existir a China. O nosso destino é, enquanto a China cresce, irmos ficando cada vez mais desnecessários. Em, o quê? Vinte anos? A China terá o maior parque industrial, com a mão-de-obra mais abundante e portanto mais barata, da Terra, e produzirá de tudo para o maior mercado consumidor da Terra que será qual? O dos chineses, mesmo ganhando pouco. A China concentrará toda a atividade econômica do planeta entre as suas fronteiras. A China se bastará.
Mas não pense que vamos ficar assistindo ao espetáculo da auto-suficiência chinesa da cerca, esperando alguma sobra. Antes de se tornar definitivamente autocapaz a China terá que garantir as fontes da sua energia. O seu inevitável choque com aquele outro sorvedouro de combustível fóssil, os Estados Unidos, pelas últimas reservas de petróleo do mundo pode literalmente nos arrasar. Sugestão para a reflexão antes de dormir esta noite, se você conseguir dormir: o petróleo do Oriente Médio escasseando, dois monstros sedentos cuja sobrevivência depende do petróleo se enfrentando — e nós no meio. Ganhará o confronto final, nuclear ou não, quem tiver mais gente. A China tem muito mais gente do que os Estados Unidos.
Enquanto isto, a Índia... Mas chega. Reanime-se. A vida é boa, há borboletas, os pêssegos estão ótimos e a Copa vem aí. Eu, na verdade, não tenho com o que me preocupar mesmo. Estou a caminho da fase pré-fóssil e não estarei aqui quando tudo isto acontecer. Mas só queria avisar.
Texto de Luis Fernando Verissimo - Publicado no Jornal O Globo de 29/01/2006